O que são as Proteções nas Carteiras Magnetis?

Em abril de 2020, as Carteiras Magnetis que incluem ações brasileiras e internacionais (carteiras 2, 3, 4, e 5) passaram a contar com um percentual (%) alocado em opções de venda (put).

Opções são contratos que negociam o direito de compra e venda de ativos com preços e prazo pré-fixados. Funcionam como uma espécie de seguro, um instrumento de defesa que serve para proteger operações financeiras  quando são expostas a alta volatilidade.

1 – Por que escolhemos opções de venda como estratégia de proteção?

Para proteger a parcela de renda variável das carteiras e oferecer uma experiência ainda melhor para nossos clientes em momentos de crise.

Mais detalhes:

  • A decisão foi baseada nas análises que fizemos recentemente sobre o desempenho do mercado e os riscos que o atual cenário de instabilidade ainda representa;
  • A implementação será feita de forma sistemática, buscando máxima eficiência na compra e avaliando de forma quantitativa o valor de referência dos seguros para saber qual porcentagem de alocação faz sentido nas carteiras

2 – A mudança foi aplicada aos clientes da base automaticamente?

Sim. A atualização foi feita automaticamente para todos os clientes com ações brasileiras e internacionais nas carteiras (níveis de risco 2, 3, 4, e 5).

3 – A inclusão das proteções é uma reação à crise do coronavírus?

Nossa estratégia de investimentos já é construída para permitir que as carteiras de nossos clientes sofram menos impacto em tempos de crise e se recuperem mais rápido em momentos de alta. A inclusão de mais uma camada de proteção veio para reforçar essa estratégia. É mais uma forma de proteger a parcela de renda variável das carteiras e oferecer uma experiência ainda melhor para nossos clientes em momentos de crise.

4 – Por que não foi feito antes da crise?

Nossa estratégia de investimentos já era desenhada para permitir que as carteiras de nossos clientes sofram menos em tempos de crise.

O colchão de renda fixa já funcionava como uma espécie de seguro, mas de uma forma menos “direta” que opções.

A compra sistemática de opções, sem uma estratégia para indicar o melhor momento e a porcentagem ideal de alocação seria um jeito mais caro no longo prazo de fazer proteção. A renda fixa seria mais barato.

No entanto, durante a crise, realizamos backtests e refinamentos no modelo de otimização de portfólio, identificando oportunidades para a execução da compra sistemática de seguro de forma mais eficiente, sem que o “prêmio” pago ao longo de períodos de calmaria represente um custo muito alto para o portfólio.

5 – Como as proteções impactam a alocação em renda fixa?

Através da redução da volatilidade/risco de perdas na parcela de renda variável das carteiras. Permitindo que as carteiras (risco 2 a 5) tenham uma proporção maior de renda variável, mantendo a mesma “volatilidade alvo” atual.

6 – Por que fazer hedge através de opções e não em ouro ou dólar?

A nossa decisão de não ter exposição cambial tem alicerce em fundamentos econômicos, no sentido de que “pares de moedas” e “commodities” não tem prêmio de risco no longo prazo, rendendo em linha com a inflação.

7 – Será feito de forma sistemática, mesmo em épocas de calmaria?

Sim. Sempre buscando máxima eficiência na compra e avaliando de forma quantitativa o valor de referência dos seguros para saber qual porcentagem de alocação faz sentido nas carteiras.

8 – Há planos de aumentar as alocações em proteções?

As porcentagens de proteções nas carteiras poderão ser ajustadas no futuro com base em nossas análises quantitativas, avaliando o valor de referência dos seguros para saber qual a porcentagem de alocação ideal nas carteiras no momento.

9 – Quais os custos da proteção para o investidor/cliente final?      

O custo desse tipo de operação é o pagamento do “prêmio” do seguro para obter a proteção na parcela de renda variável. Atualmente, nossa meta é conseguir proteger 100% da parcela de renda variável ao custo de 1%-1.5% ao ano nessa parcela da carteira.

Esse custo (1% a 1,5% a.a.) é justamente o quanto conseguimos gerar de “receita” em excesso aos índices de referência na carteira do nosso Fundo de Investimento em Ações, através de aluguel de ações e do hedge cambial.

Portanto, não compromete o retorno da carteira em relação aos benchmarks de renda variável. Não há qualquer alteração na taxa Magnetis paga pelos clientes com a inclusão das proteções.

10 – Qual percentual os investidores deixariam de perder em uma crise tendo essa proteção? 

No caso de uma “crise aguda”, como foi (têm sido) a do COVID-19, o objetivo é proteger totalmente a carteira de renda variável. Ou seja, evitar 100% das perdas decorrentes de um “evento de cauda” (“cisne negro”) na parcela de renda variável da carteira.

11 – Há algum plano de contingência caso essa crise se estenda?

A inclusão da nova categoria “Proteções”, já faz parte de um plano de contingência, na medida que representa um seguro contra eventual agravamento da crise.

Após as recentes e acentuadas quedas nos preços dos ativos, por ora, enxergamos que o “prêmio de risco” (retorno potencial / risco de perda) para os investidores, especialmente na parcela de renda variável, está bem interessante.

No entanto, estamos acompanhando diariamente o desenrolar da crise e os impactos projetados na economia e nos mercados.

Caso percebamos que as expectativas embutidas nos preços não representam mais um “prêmio de risco” interessante, temos total flexibilidade para reduzir a exposição em renda variável dos clientes através da posição do nosso fundo de investimento em ações.

12 – Qual o diferencial dessa camada de proteção nas Carteiras Magnetis? 

O diferencial dessa estratégia está no processo de seleção das proteções mais “baratas” disponíveis no mercado global através de critérios quantitativos e de  forma sistemática ao longo do tempo.

Para viabilizar esse processo de seleção e execução das estratégias de proteção, estamos inclusive com uma parceria com a mesa derivativos da Goldman Sachs. Trata-se de um processo de investimento bastante complexo, totalmente inviável para um investidor pessoa física replicar de forma satisfatória por conta própria.

Atualizado há 3 semanas atrás

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